Sky Movies: O terceiro filme estreou nos cinemas mais cedo do que os outros e agora vocês estão prestes a começar as filmagens do quarto – vocês alguma vez acharam que Saga Crepúsculo seria um sucesso tão grande?
Taylor Lautner: Foi uma grande surpresa. Quando estávamos filmando Crepúsculo, só pensávamos que estávamos fazendo um filme pelo qual éramos apaixonados. Nós não sabíamos que alguém mais iria querer assisti-lo. Não tínhamos idéia que se tornaria isso que se tornou. E continuou crescendo.
Robert Pattinson: Eu sinceramente pensei que era uma história de amor de vampiros independente e obscura… E acabou se tornando essa coisa gigante. Não previ isso de forma alguma… Mas não é como se eu não quisesse que, de repente, se tornasse um grande filme. Quer dizer, foi ótimo.
Kristen Stewart: Legal é essa fantasia cheia de mitos e coisas assim o que aumenta o apelo emocional. Eu acho que é por isso que as garotas amam tanto, porque é um pouco mais sério do que as coisas com as quais você lidaria na vida real. É um pouco mais intenso do que qualquer coisa que você sinta.
SM: A atenção de fãs e da imprensa mudou a vida de vocês?
TL: Sim. Um pouco, afinal não é normal acordar e ter 12 carros de paparazzi esperando por você, e saber que vão simplesmente te seguir o dia inteiro…
KS: Me divirto quando eles caem uns sobre os outros porque estão andando para trás para poder tirar fotos. Sempre que você vir uma foto de paparazzi onde estou muito feliz, é porque estou rindo deles.
TL: Mas as recompensas que vem com o trabalho realmente superam o lado ruim. Os melhores dias da minha vida aconteceram nos últimos dois anos. O importante é não deixar afetar muito a sua vida. Eu vivo em dois mundos diferentes. O mundo Crepúsculo e o que já existia antes, com família e amigos.
RP: Eu tenho medo do que vai acontecer quando a série acabar, porque, para mim é uma grande segurança. É como uma rede que te protege. Você pode arriscar e cometer erros quando tem mais um filme da Saga Crepúsculo para fazer. Depois, estaremos por nossa conta.
SM: Vocês já vêm trabalhando juntos há algum tempo – como evoluiu a relação de vocês?
KS: Nossa relação é completamente diferente agora. Somos bons amigos… Eu tenho um carinho imenso por Rob e Taylor; nós realmente nos aproximamos muito – e nunca é estranho!
TL: Sim, nos aproximamos cada vez mais. Quer dizer, agora, somos como melhores amigos e isso ajuda muito. Podemos ser mais abertos um com o outro e nos divertimos mais. Eu acho que isso cria um ambiente de trabalho melhor.
SM: Existem situações em que vocês se sentem incomodados uns pelos outros?
KS: Eles não me incomodam [risos]. Temos um relacionamento totalmente normal. Podemos ser honestos sem nos preocuparmos em ofender.
TL: Eu e Kristen somos muito próximos [com um ‘olhar desafiador’ para Pattinson, em tom de brincadeira]. Nós conversamos sobre qualquer coisa. Durante o nosso tempo livre, jogamos bola ou ela atira uvas para eu pegar com a boca… Você fica bastante entediado no set às vezes. Não sei como faríamos essa franquia se não fôssemos tão próximos. Seria um pesadelo.
SM: Taylor e Rob: os personagens de vocês são rivais nos filmes. É difícil gravar essas cenas, especialmente em Eclipse, onde vocês brigam?
TL: O Rob é muito engraçado. É tão difícil odiar o Rob, porque ele é divertido, um cara legal. Na cena da barraca quando gritamos um com o outro, por exemplo, olhar no olho dele e gritar foi difícil. Toda vez que terminávamos um take nos matávamos de rir. RP: Meu humor estava estranho quando gravamos aquela cena [risos]. Eu ficava obcecado com a palavra ‘pensamentos’ (‘thoughts’), porque com um sotaque americano me soava como ‘peidos’ (‘farts’). E eu não estava conseguindo superar isso. A primeira frase era “Você pode pelo menos guardar os seus pensamentos para você?” Quer dizer, eu estou sentado nessa barraca e toda santa vez [riso]… Chegou um ponto em que Taylor me dizia: “As palavras não ficam parecidas e isso não tem graça.”
SM: E vocês brincam durante as gravações com freqüência?
RP: Uma vez, a Kristen deveria estar dormindo no chão. Quando eu olhava para baixo, ela estava olhando para mim, tentando me fazer rir. Isso deu uma energia para a cena, porque eu estava tentando conter o riso. Tudo ficou meio que mais fácil.
SM: Jacob e Bella chegam ainda mais perto de ficarem juntos em Eclipse. Isso causa alguma situação estranha entre vocês?
TL: Foi bom para o Jacob chegar lá e ter a sua chance de beijar Bella pela primeira vez. Com certeza [risos].
RP: Não só eles tiveram cenas de beijo, mas eles nunca faziam as cenas quando eu estava no set. Você sinceramente sente que alguém está te traindo… Quando eu voltava, sempre perguntava: “E ai? Como foi?”
TL: Teve apenas um beijo no clímax do filme. Nós estávamos no topo da montanha e a paisagem era maravilhosa. Foi um momento muito importante e emotivo… Mas foi engraçado porque sempre que o beijo acabava, Kristen olhava para mim e dizia, “A gente se beijou.” E eu ficava, “É beijamos.” Foi engraçado.
SM: Vocês ficaram com vergonha?
TL: Não, quando eu e Kristen fazemos as cenas, nós somos Jacob e Bella. Tudo que fazemos, seja beijar ou brigar, fazemos dentro dos personagens. Depois de três filmes, esse é o caminho natural.
KS: É, eu poderia ser declarada absolutamente louca a essa altura, considerando-se que eu entrei tanto nessa realidade da Saga Crepúsculo.
SM: Vocês podem nos falar um pouco sobre o próximo filme, Amanhecer?
KS: Foi dividido em dois filmes. Começamos a gravar em novembro…
TL: Estou muito animado por serem dois filmes. Eu acho que vai funcionar muito bem e estou animado de ter a oportunidade de trabalhar com Bill Condon [o novo diretor]. Quando fiquei sabendo que ele tinha aceitado eu pensei “OK, isso vai ser nota 10.”
KS: Eu acho que cada diretor foi perfeitamente apropriado para o projeto. Catherine [Hardwicke, a diretora do primeiro filme] tem uma relação muito forte com juventude e descobertas. É difícil descrever como o Chris [Weitz, diretor de Lua Nova] é legal. Ele tem tanta compaixão e sabedoria – eu realmente precisava de alguém que estivesse disposto a se aprofundar comigo. David [Slade, o diretor de Eclipse] tem uma sensibilidade mais mórbida. O que é bom pois Eclipse é mais assustador…
SM: Como os personagens de vocês mudaram ao longo dos filmes?
RP: Quando eu li os livros inicialmente, eu achei que jamais conseguiria interpretar este papel. Parecia impossível. O tempo todo eu tentei fazer um Edward socialmente excluído. Não importa o que as pessoas lhe digam, não importa quantos atos heróicos ele faça, é impossível convencê-lo que ele tenha feito uma coisa certa. E a única coisa que fez ele se sentir vivo – sentir alguma coisa – é a Bella.
TL: Em Lua Nova, fiz meu personagem comum tipo de dupla personalidade; na primeira metade, eu era o Jacob como antes e na segunda, eu era o novo Jacob. Em Eclipse, Jacob amadurece e fica um pouco mais sério, porque ele sabe com o que ele está lidando, o que foi certamente um desafio emocional. Por isso, Eclipse é o meu filme favorito. Tudo que é ótimo nessa franquia – o romance, a ação, o perigo, o suspense, tudo e Eclipse leva isso a outro nível. É o ponto alto do triângulo amoroso – Bella está dividida entre esses dois caras que estão literalmente brigando por ela.
KS: Bem, em Amanhecer, a Bella se torna esposa. Se torna mãe. Por sorte, eu já interpreto a personagem por algum tempo. Se Amanhecer fosse um filme desconectado dos outros, seria muito mais difícil interpretar uma jovem esposa e mãe, mas como eu estou com a série desde que a Bella tem 17 anos, foi uma progressão. Eu acho que isso é o legal da série. Ela leva um bom tempo para chegar nesse ponto e perde muitas coisas – que depois recupera. E eu acho que para decidir perder coisas, você tem que confiar em si mesma e ela consegue isso. Ela é muito direta e honesta. Eu estou muito animada, porque eu conheço tão bem esses meninos e fizemos essa viagem juntos.
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