Entrevista: Anna Kendrick


Os fãs do Crepúsculo conhecem Anna Kendrick desde o primeiro filme (ela é a Jessica, amiga de escola da Bella), mas o resto do mundo já está começando a vê-la.

No ano passado, ela recebeu uma indicação para o Oscar ao lado de George Clooney em Amor nas Alturas. Esta semana ela estreia em Scott Pilgrim contra o mundo filme cult de Edgar Write. Agora com 25 anos de idade, a atriz está claramente destinada a brilhar, com vários artistas classe A em fila para trabalhar com ela. Nada mal para alguém que quando criança só queria cantar e dançar...

Michael Doherty: Em primeiro lugar, feliz aniversário atrasado, Anna. Considerando-se que você acabou de fazer 25 anos, deve ser gratificante que você ainda fazendo papeis de adolescentes de forma convincente.

Anna Kendrick: Muito obrigada e claro, é muito gratificante! Na verdade, eu passei de 19 para 18 anos neste filme; não bem o que isto quer dizer. Me sinto um pouco boba mas enquanto as pessoas continuarem a acreditar em mim como adolescente, eu me sinto lisonjeada.

Michael Doherty: Em Scott Pilgrim, sua personagem foi inspirada na irmã do escritor do livro, a Stacy, que você conheceu antes de começar as filmagens. Isso foi estranho ou assustador?

Anna Kendrick: Não, foi muito legal. Fiquei um pouco nervosa quando soube que iria conhecê-la, mas ela é um amor. Ela me contou que a relação entre Stacy e Scott nos
livros é exatamente como a relação que ela possui com seu irmão na vida real. Ela me deu o crachá dela com o nome Stacy, de quando ela trabalhava no The Second Cup, o mesmo café do filme. Foi muito bacana.

Michael Doherty: Edgar (Write, diretor) é conhecido por realizar muitas tomadas e o filme tem com alta sensibilidade em estilo de quadrinhos. Isto transformou Scott Pilgrim em um filme que exigiu muito para ser feito?

Anna Kendrick: Bem, na minha primeira cena, eu tive que virar o rosto, reagir, dizer minha fala e esperar pelo zoom e eu tive que repetir esta cena 20 vezes e ainda não estava correta. Comecei a ficar com vergonha porque fiz muitas tomadas, mas Mary Elizabeth (Winsted), que faz o papel de Ramona, basicamente virou para mim e disse: 'Não se preocupe. Isto é um rito de passagem. Você não se torna um personagem de Scott Pilgrim enquanto não fizer pelo menos 20 tomadas da mesma cena.' Então, realmente foi um grande desafio, mas fiquei muito satisfeita quando vi o resultado.

Michael Doherty: Entre este filme e a franquia de Crepúsculo, você conquistou tanto fãs masculinos como femininos. Imagino que seja complicado para você conseguir passear em shopping centers nos Estados Unidos.

Anna Kendrick: Não sei bem. Para ser bem honesta, as pessoas não falam muito em Los Angeles porque não querem incomodar ninguém. Algumas vezes, meninas novinhas me abordam nos shoppings fazendo alarde, mas em geral as pessoas são discretas em LA e quando muito chegam em mim calmamente quando estou tomando um café no Starbuks para dizer 'Por sinal, parabéns!'. Esse tipo de coisa.

Michael Doherty: Olhando seu currículo, você começou a vida como uma estrela musical e foi a segunda atriz mais nova a ser indicada a um prêmio Tony na Broadway, por High Society. Quando vamos vê-la em algum musical no cinema?

Anna Kendrick: A verdade é que eu estou louca para participar de um musical, mas tenho que ter cuidado porque desespero nem sempre leva a boas escolhas. Eu quero fazer um musical pelas razões certas, não só porque eu anseio por isso.

Michael Doherty: Neste estágio da sua carreira, como funciona esse negócio da fama? Você consegue andar por aí tranquilamente ou os paparazzi já começam a aparecer?

Anna Kendrick: Teve uma semana na época do Oscar quando um fotógrafo apareceu do lado de fora da minha casa e isso foi horrível. Foi quando eu percebi que estas coisas não acontecem só com outras pessoas e ainda que eu não poderia simplesmente ir lá fora e peguntar 'O que você está fazendo aí?' De onde eu venho, meu irmão e seus amigos iriam te pegar se você ficasse rondando a casa da irmãzinha dele. Essencialmente, era um cara de 40 anos perseguindo uma menina de 20 e poucos na maioria dos lugares e isso chegava quase a ser uma atividade criminosa. Foi realmente estranho, mas por sorte, eles foram embora depois disso. Eu também acho que quanto mais sem graça você for, menos eles te seguem, então, tudo o que eu tive que fazer foi ser eu mesma por uma semana e eles logo pensaram 'essa menina não faz nada legal!'

Michael Doherty: Você teve uma sacada muito boa com sua página do Twitter, quando fotografou a si mesma segurando seu nome de usuário (AnnaKendrick47) e desta forma confirmou a falsidade de outros 46 sites em uma jogada só.

Anna Kendrick: Isso pode parecer bobagem, mas eu fiquei muito orgulhosa de mim mesma por ter pensado nisso! Uma vez, eu vi uma foto de uma atriz segurando uma placa dizendo ' Sim, sou eu de verdade!' e eu achei tão inteligente, mas em teoria, qualquer um poderia copiar esta foto para seu próprio site. Normalmente não tenho muitas boas ideias, mas esta foi uma maneira sensacional de desmascarar os impostores e todas as informações erradas na net.

Michael Doherty: Falando sobre isso, existe uma história dizendo que você foi escalada para o novo filme do Tom Cruise: é fato ou boato?

Anna Kendrick: Não, esta é uma destas histórias que apareceram do nada e agora é impossível acabar com ela. O papel em questão é da Reese Witherspoon, mas como ela estava viajando durante a leitura dos personagens, eu fui chamada para cobrir. Eu sabia que não me levaria a nenhum trabalho, mas eu fiquei feliz de estar com aquelas pessoas. Para ser honesta, o primeiro rumor a respeito disto não foi dizendo que eu estava no filme do Tom Cruise, mas sim, que estavam me recrutando para a Cientologia!

Michael Doherty: Considerando a sua carreira até agora: você está seguindo um plano maior?

Anna Kendrick: Definitivamente não. Não sou capaz de pensar em termos de uma estratégia. Eu seria uma agente terrível. A única coisa que me aconteceu foi ter a sorte de trabalhar com gente muito boa. No último ano, eu não aceitei várias coisas que há um ano eu queria muito. É uma posição estranha, porque eu prefiro estar num set filmando do que não estar fazendo um filme, mas eu não quero continuar sempre no mesmo papel e é o que acabam me oferecendo. Existem apenas em torno de 20 atores no mundo capazes de se guiar por uma estratégia global e eu não sou um deles. Eu só considero muita sorte eu estar trabalhando.

Michael Doherty: Como foi para você aparecer na capa da famosa revista Vanity Fair em março deste ano, como uma das jovens stars mais atraentes de Hollywood?

Anna Kendrick: Nossa, foi maravilhoso. E muito divertido. Pode acreditar, eu cresci olhando para as capas dessas revistas e não pude acreditar quando o meu rosto estava na capa da Vanity Fair Ainda tive a chance de conhecer atrizes muito legais - Evan Rachel Wood, Rebecca Hall, etc. Eu imaginava que seria um ambiente bem competitivo durante o ensaio fotográfico, mas, na verdade, havia uma vibe muito bacana.

Michael Doherty: Você apareceu na terceira página da reportagem sobre as famosas. Acredito que se o ensaio fosse feito hoje, você teria ficado na primeira...

Anna Kendrick: Não fez diferença para mim ficar na terceira página. Eu estava tão feliz de poder deitar na grama com todas aquelas mulheres talentosas! Quando eu estava quase começando o ensaio, o George Clooney me ligou e disse para eu ficar bem no canto esquerdo. Eu disse que não poderia decidir isso, mas agradeci o conselho.

Michael Doherty: Se tivéssemos conversado antes de seu primeiro filme e eu tivesse dito que em seis anos você estaria sentada num hotel chique de Dublin, comendo brioches com creme de leite empelotado e falando casualmente sobre telefonemas de George Clooney, você teria acreditado em mim?

Anna Kendrick: Em primeiro lugar, eu teria pensado que creme de leite empelotado deveria ser nojento! Eu levei anos para descobrir as alegrias celestiais do creme de leite empelotado. Provavelmente eu teria gritado comigo mesma porque dá a impressão de que eu estaria apenas falando nomes importantes! Não finjo que trocamos mensagens no celular ou que somos os melhores amigos, nem nada do gênero, mas George é um cara muito legal que realmente se preocupa com todos a sua volta. Fico muito inspirada vendo o quanto ele trabalha e como ele é gente fina com as pessoas, mesmo sabendo que a maioria chega perto dele por interesse. Essas pessoas querem que suas experiências com George Clooney sejam super interessantes e ele garante isso. Ele gasta muita energia com isso, mas é muito inspirador.

Michael Doherty: E finalmente, Anna, quando você recebeu o script de Amor nas Alturas, você sabia que o filme mudaria a sua vida?

Anna Kendrick: Quando eu li o texto, eu percebi imediatamente que poderia fazer o papel. Eu não era conhecida nesta época e não sabia que Jason (Reitman, diretor) havia escrito o papel para mim. Quando eu fui fazer o teste, havia apenas uma outra menina na sala de espera, uma atriz muito, muito bonita e eu logo pensei: 'Certo, eles querem uma modelo/atriz. Não estão procurando por alguém como eu.' Por sorte eu estava errada! Acredito que sempre existem filmes que precisam de garotas interessantes e eu acho que é para eles que eu sou mais interessante. Meus papeis no futuro serão muito mais interessantes do que simplesmente fazer perguntas e parecer bonita.

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